XP: ‘modelo de negócio é sólido e não depende de um só produto’, diz CFO

Foto: Reprodução/Conteúdo XP

A XP Inc.(XPBR31) emitiu um comunicado oficial para refutar as alegações apresentadas em um relatório divulgado na última quarta-feira (12) pela firma de análise americana Grizzly Research.

No documento, a XP se posiciona em defesa de seu modelo de negócios, desmente as acusações feitas, esclarece os pontos levantados no relatório e anuncia que tomará medidas contra a Grizzly.

Em entrevista ao InfoMoney, Victor Mansur, CFO da XP Inc., classificou as alegações como falsas. “A XP é uma companhia sólida, com um histórico de resiliência e diversificação de suas fontes de receita. Os resultados mais recentes estão alinhados com as projeções da empresa para 2026”, destacou.

“Esses números refletem a eficácia do modelo de negócios diversificado e resiliente da empresa, que não depende exclusivamente das condições macroeconômicas, e muito menos de apenas um produto”, disse. 

Alegações foram ‘Fake news para induzir a erro’, diz Mansur

Mansur classificou as alegações apresentadas no relatório da Grizzly como uma forma de “fake news”, afirmando que o objetivo por trás dessas declarações era tentar enganar o mercado e induzir os investidores a cometerem erros de julgamento. 

Segundo ele, o conteúdo do relatório não reflete a realidade da empresa e visa criar uma falsa narrativa que poderia afetar indevidamente a confiança dos acionistas e a percepção do público sobre a XP. 

Para Mansur, essas acusações infundadas são uma tentativa deliberada de distorcer a imagem da companhia e gerar incertezas no mercado financeiro, prejudicando assim a credibilidade da XP.

“Não toleramos qualquer tipo de disseminação de informações falsas e as medidas cabíveis estão sendo tomadas até as últimas instâncias. Usar desse meio para manipular o mercado é uma prática inaceitável que precisa ser combatida com rigor. Essas alegações falsas não apenas atacam a XP, mas também prejudicam a integridade do mercado como um todo”, disse o executivo.

A XP declarou que tomará as ações legais apropriadas contra a Grizzly e aqueles que, de maneira intencional, fomentaram as alegações feitas pela empresa. 

A companhia também ressaltou que é devidamente regulamentada por entidades como a CVM, o Banco Central e a Securities and Exchange Commission (SEC), adotando padrões rigorosos de governança e compliance. 

Além disso, a XP assegurou que todas as suas operações passam por auditorias periódicas, garantindo plena transparência e total conformidade com as normativas em vigor.

“Há quase 25 anos estamos transformando o mercado de investimentos no Brasil. Temos muito orgulho de tudo o que construímos até aqui e continuaremos com o nosso compromisso de democratizar e levar a melhor recomendação de investimentos para os nossos clientes”, completou.

O que diz no relatório

No relatório, a Grizzly – uma casa de análise pequena e pouco conhecida, com sede em Nova York, que atua como short seller no mercado – alega que a receita gerada pela venda de produtos financeiros estaria sendo contabilizada de forma incorreta em dois fundos da XP. 

Mansur, por sua vez, explicou que os fundos citados são usados exclusivamente pela tesouraria da XP para operações financeiras, sem qualquer impacto para os clientes. Além disso, são auditados pela PwC e cotizados pelo BNY Mellon.

Mansur reforçou que a prática de consolidar operações em veículos financeiros é comum, legal e autorizada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) – órgão regulador do mercado – desde 2016.

Em seu comunicado, a XP ressaltou que os dois fundos não captam recursos de clientes nem dependem da entrada de novos participantes para manter suas operações, ao contrário de fundos distribuídos para investidores no mercado. 

Além disso, desempenham um papel relevante ao garantir eficiência e liquidez em diversas operações.

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