O que mudou em 17 anos de iPhone? Parte 1: design e tela

Livro "Designed by Apple in California"

Em setembro do ano passado, foram lançados os iPhones 16/16 Plus e 16 Pro/16 Pro Max. Várias coisas que hoje são vistas como habituais — a exemplo de diferentes tamanhos de tela e mais de um sensor na câmera — jamais poderiam terem sido imaginadas durante certo tempo. É aquele pensamento: a história é um espectro

E hoje, a partir de uma sugestão do nosso leitor Douglas da Cunha, vamos começar a analisar todo esse espectro no universo dos iPhones!

A história dos amados smartphones da Maçã teve início em 2007, com o anúncio do modelo original — há 18 anos. E o nosso redator da época, Nelson Biagio Júnior, entusiasmou-se tanto que quase profetizou o que viria pela frente:

É impressionante, mas em pouco mais de quarenta minutos a Apple enviou — na manhã de hoje — todos os outros celulares, smartphones e tocadores de MP3 (sorry, Zune…) diretamente ao período jurássico. Estou embasbacado até agora!

Bom, é fato que o Nelson estava mais certo talvez até do que ele mesmo esperava. Mas é interessante observar que inclusive dentro da evolução dos iPhones houve várias mudanças e, com o tempo, o aparelho em si mudou bastante, hoje em dia constituindo uma linha de produtos — não só o lançamento de apenas um aparelho anualmente.

Vamos dar uma olhada melhor em como os smartphones da Maçã mudaram nesse tempo?

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Design

O design foi um ponto de grande destaque do primeiro iPhone, na medida em que vários aparelhos de diversas funções foram unidos em apenas um dispositivo. Além disso, o fato de a interação principal com o aparelho ser tocando a tela — e não por botões — também foi algo bastante impressionante. Esse dois pontos, no futuro, iriam se tornar a tendência do mercado em matéria de telefones celulares.

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Entre o modelo original e o iPhone 8, podemos dizer que a linha geral dos iPhones não teve mudanças radicais. Houve, de fato, transformações nos materiais usados, bem como aumento no tamanho dos aparelhos, no número de cores e afins, mas, até antes do modelo X, observam-se semelhanças estruturais: o sensor da câmera, os botões de Início e de energia e a maçã ficaram no mesmo lugar até a geração 8.

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Olhando com mais atenção, podemos dividir os modelos em algumas fases ao observar o design. A primeira delas vai do primeiro iPhone ao modelo 3GS. Enquanto o primeiro misturava alumínio e plástico, os dois últimos tinham um corpo de plástico; os três tinham sensor da câmera e posicionamento de elementos bem similares.

Os dois modelos mais novos também eram levemente maiores que o iPhone original. Enquanto este tinha as dimensões de 115x61x11,6mm, os outros mediam 115,5×62,1×12,3 mm. Para termos ideia, os primeiros iPhones eram mais espessos que os MacBooks mais recentes!

Com o iPhone 4, tivemos a introdução do vidro na construção dos aparelhos, material que só deixou de estar presente nos modelos 6, 6s e 7/7 Plus desde então. Tanto o 4 quanto o 4s eram feitos de um “sanduíche” de vidro com uma moldura de alumínio prateado — mesmo no modelo preto —, com dimensões de 115,2×58,6×9,3mm.

Vale lembrar que foi o design do iPhone 4 o responsável por uma das maiores polêmicas envolvendo produtos da Apple: o chamado #antennagate. Resumidamente, as antenas de redes móveis foram posicionadas no aparelho de um jeito que, a depender de como você o segurasse, o sinal não era captado pelo iPhone. O episódio gerou muito burburinho e até a mesmo a distribuição gratuita de Bumpers e capas por parte da Maçã.

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Após toda a controvérsia, porém, as antenas do iPhone 4s foram rearranjadas nas laterais do aparelho, de modo a serem menos provavelmente cobertas pelas mãos do usuário. Os botões de volume e o seletor de toque/silencioso também foram movidos um pouco mais para cima em relação ao modelo anterior.

Com o iPhone 5, tivemos uma nova fase, a partir da introdução do alumínio também na parte traseira, sendo duas partes de vidro (inferior e superior) para que pudesse ocorrer a recepção do sinal sem problemas; a saída de áudio também passou para a parte de baixo e as laterais, de alumínio anodizado, acompanhavam as cores do aparelho (chumbo ou prateado). As dimensões eram de 123,8×58,6×7,6mm.

O mesmo design — com as novas cores cinza espacial e dourado — foi adotado no iPhone 5s. O flash dos aparelhos mais novos ganhou, ainda, mais um LED 1, adotando um design vertical. A diferença mais substancial em relação ao modelo anterior estava no botão de Início, que passou a contar com o Touch ID.

Touch ID do iPhone 5s
Touch ID do iPhone 5s | Foto: Wachiwit / Shutterstock.com

Viajando pouco mais de dois anos no tempo, vale lembrar que o design do iPhone foi reciclado com o lançamento da primeira geração do iPhone SE — pensado para ser um modelo de baixo custo. E ele de fato é basicamente igual ao 5s, havendo apenas uma pequena inscrição na parte de baixo para diferenciar o mais novo, lançado em março de 2016.

Junto ao 5s, a Apple também lançou, pela primeira vez, um modelo que quebrava com a linearidade de iPhones sempre mais avançados que os mais antigos. Isso ocorreu — entre risos da plateia (nem sempre as apresentações foram vídeos pré-gravados) — com o iPhone 5c, feito de plástico e disponível em cores bastante vibrantes, como azul, rosa, verde e amarelo, além da cor branca.

Com o iPhone 6, por sua vez, a Apple cedeu a uma grande pressão que já vinha sofrendo há um tempo: aumentar o tamanho do display — o que relembraremos em mais detalhes daqui a pouco. Além disso, o aparelho inaugurou um estilo de design que, se pensarmos um pouco, estava de certa forma vivo até recentemente com o iPhone SE de terceira geração. O aparelho estreou, ainda, os módulos de câmera saltados — nem imaginamos na época onde isso chegaria…

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O iPhone 6 também foi o primeiro a não ser “apenas um”, contando com dois tamanhos de tela (4,7 e 5,5 polegadas). Eles geraram dimensões que seriam seguidas com pouquíssimas diferenças nas próximas gerações: 138,1x67x6,9mm e 158,1×77,8×7,1 mm. Os aparelhos eram feitos totalmente de alumínio, com algumas linhas de plástico substituindo as partes de vidro para viabilizar a passagem de sinal.

Vale lembrar que o iPhone 6 envolveu-se em uma grande polêmica (o chamado #bendgate) após a publicação de um vídeo em que um YouTuber entortava o aparelho com a força da própria mão. Apesar de ter um tom de sensacionalismo, o vídeo ficou entre os mais vistos do ano do YouTube na época e acabou motivado mudanças na estrutura do iPhone 6s, que adotou o alumínio série 7000 em sua construção.

iPhone 6 Plus
iPhone 6 Plus | Foto: Peter Kotoff / Shutterstock.com

Os iPhones 6s e 6s Plus adotaram, por sua vez, assim como o 5s em relação ao 5, basicamente o mesmo design dos 6/6 Plus. Eles ficaram apenas um pouco maiores, com 138,3×67,1×7,1mm e 158,2×77,9×7,3mm, incluindo uma nova cor ouro rosa. A maior espessura devia-se, entre outros fatores, à adoção do 3D Touch, recurso que identificava a pressão com que se tocava à tela e permitia diferentes formas de interação a partir disso. Havia ainda um “S” na parte inferior do 6s, que não se encontrava no 6.

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Com os iPhones 7/7 Plus, não tivemos muitas novidades — algo que, na época, foi motivo de críticas justamente pela semelhança excessiva em relação ao modelo anterior. De fato, o modelo é bastante parecido, inclusive em suas dimensões idênticas às do 6s (138,3×67,1×7,1mm e 158,2×77,9×7,3mm, respectivamente).

Há, porém, diferenças visíveis: as linhas das antenas foram polidas, não mais representando o desenho das antigas partes de vidro dos iPhones 5/5s; o modelo maior ganhou uma segunda câmera (como veremos mais à frente), o que implicou em mudanças no seu design. Além disso, o modelo Plus ganhou mais uma câmera e a cor cinza espacial se desdobrou no preto brilhante (jet black) e matte — algo nunca mais visto em iPhones, inclusive.

Caixa do iPhone 7 Plus
Caixa do iPhone 7 Plus | Foto: Africa Studio / Shutterstock.com

Também foi com o iPhone 7 que a saída de 3,5mm para fones de ouvido morreu, de forma que os microfones/alto-falantes passaram a ser organizados de maneira simétrica dos dois lados da porta Lightning. Este elemento de design manteve-se nos iPhones até o XS, que diminuiu a quantidade de furinhos do microfone. Outra novidade do modelo foi a resistência à água e poeira, com a certificação IP67.

Como pudemos ver acima, o iPhone 7 foi o primeiro a ter uma versão (PRODUCT)RED, lançada alguns meses após a sua apresentação, em setembro de 2016. O iPhone 8 também ganhou uma e, após isso, apenas modelos de entrada da linha (como os iPhones 11, 12, 13 e 14) tiveram entre suas opções de cor o vermelho, que costuma ter alguma variação de tom.

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A grande novidade dos iPhones 8/8 Plus, em matéria de design, foi a substituição do alumínio na parte traseira pelo vidro. Isso possibilitou a adição do carregamento sem fio — impossível com o alumínio —, além de ter representado uma reedição (que seria acentuada no futuro) do design dos iPhones 4/4s, no formato “sanduíche” de vidro.

As dimensões eram bastante similares às dos modelos 6, 6s e 7/7 Plus: 138,4×67,3×7,3mm e 158,4×78,1×7,5mm. Vale ressaltar, ainda, que o design dos iPhones 8/8 Plus (especificamente do modelo menor) continuou vivo até recentemente no iPhone SE de terceira geração, que tinha pouquíssimas diferenças estéticas. Uma capa feita para o 8, por exemplo, podia ser usada sem problemas no último SE.

Caixa do iPhone 8
Caixa do iPhone 8 | Foto: Sergey Eremin / Shutterstock.com

Junto aos iPhones 8/8 Plus, tivemos o lançamento do iPhone X — o “One more thing…” do ano, que representou um grande avanço em diversos sentidos. Em matéria de design, não tivemos grandes diferenças em relação aos irmãos menos empolgantes, exceto pelo módulo da câmera, que passou a ser vertical, além do tamanho diferente: 143,6×70,9×7,7mm. Outra novidade foi o material usado na moldura do aparelho, que foi, pela primeira vez, o aço inoxidável.

Basicamente o mesmo design foi usado no XS (incluindo as mesmas dimensões) — que ganhou uma versão maior (XS Max) cujas dimensões eram 157,5×77,4×7,7mm. Também tivemos a inclusão da cor dourada nos mais novos, tendo em vista que X foi lançado apenas em cinza espacial e prateado, além de menos furinhos no microfone do XS/XS Max, os quais deixaram de ser simétricos em relação aos do alto-falante, como foram nos modelos 7, 8 e X.

iPhone XS dourado
iPhone XS dourado | Foto de Devon Janse van Rensburg na Unsplash

Junto ao lançamento do XS, em 2018, também tivemos outro modelo, o qual fez bastante sucesso: o XR. Com dimensões de 150,9×75,7×8,3mm, ele misturava elementos dos modelos mais recentes com um único sensor de câmera dos aparelhos mais antigos. Além disso, era mais espesso e contava com várias cores, como amarelo, azul e coral.

Já com o iPhone 11 — que tinha as mesmas dimensões do XR —, tivemos a inauguração da linha de design adotada nos aparelhos lançados posteriormente, até hoje. Também foi quando tivemos os primeiros modelos Pro (dimensões 144×71,4×8,1mm e 158×77,8×8,1mm), com o vidro traseiro fosco, junto ao modelo de entrada (de dimensões idênticas às do XR), com o vidro brilhante.

Como vemos até os modelos atuais, temos o módulo da câmera quadrado, com os sensores, flash e microfone, além da Maçã centralizada e não mais para perto da parte superior da traseira. Os modelos Pro também iniciaram uma espécie de tradição de contar com uma cor especial — no caso, o verde meia-noite.

Caixa do iPhone 11
Caixa do iPhone 11 | Foto: goffkein.pro / Shutterstock.com

O iPhone 12, por sua vez, simbolizou uma espécie de retomada às linhas mais quadradas dos iPhones 4/4s, mas mantendo o restante do que foi introduzido com o modelo 11. O modelo tinha dimensões de 146,7×71,5×7,4mm, enquanto o 12 Pro tinha 146,7×71,5 x7,5mm e o 12 Pro Max, 160,8×78,1×7,4mm — maiores que os anteriores, em razão das telas mais avantajadas.

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Uma das novidades do ano em matéria de design foi o modelo mini, que teve curta vida, mas que trazia os mesmos recursos do modelo de entrada maior — embora com tela e bateria menores e dimensões de 131,5×64,2×7,4mm. A “cor do ano” foi o azul, presente tanto nos modelos de entrada quanto nos topos-de-linha.

iPhone 12 Pro
iPhone 12 Pro | Foto: Unsplash

Os iPhones 13 e 14 tiveram designs bastante parecidos, com dimensões de 146,7×71,5 x7,7mm (7,8mm no caso do 14) e 160,8×78,1×7,8mm no 14 Plus. A linha do iPhone 13 foi a última a contar com o modelo mini, que foi trocado pelo Plus. As duas linhas compartilhavam elementos, como os sensores da câmera na diagonal nos aparelhos de entrada e o módulo cada vez maior nos modelos Pro.

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As dimensões dos modelos topos-de-linha eram as mesmas do 12 Pro/12 Pro Max no caso da linha 13 e, em se tratando dos modelos mais avançados da linha 14, eram de 147,5×71,5×7,9mm e 160,8×78,1×7,9mm.

A “cor especial” do iPhone 13 Pro foi quase uma releitura do modelo do ano anterior, o azul-sierra — um tom mais claro da cor. Os modelos de entrada também ganharam um tom mais claro de azul em relação ao usado no iPhone 12, além de uma cor rosa com tom bastante claro.

iPhones 13 e 13 Pro
iPhones 13 e 13 Pro | Foto: AppleInsider

Já com o iPhone 14 Pro, a novidade em matéria de cores foi o roxo profundo, além da continuidade do verde meia-noite, também presente nos 11 Pro e 13 Pro. Os modelos de entrada, por sua vez, continuaram com as mesmas cores, embora sem o rosa.

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Uma diferença interessante dos iPhones 14/14 Plus — que chegou também aos modelos Pro, com a linha 15 — é que eles eram mais fáceis de serem reparados. A parte traseira podia ser retirada sem a necessidade de remover o display, o que simplificou consideravelmente processos de reparo.

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Com o iPhone 15, novamente vimos o mesmo padrão de design repetir-se. As dimensões do modelo menor eram as mesmas do 14, enquanto as do 15 Plus eram de 160,9×77,8×7,8mm. Já as dos modelos Pro eram de 146,6×70,6×8,3mm e de 159,9×76,7×8,3mm.

As principais diferenças ficam pelo vidro traseiro fosco também nos modelos mais acessíveis — e não apenas nos topos-de-linha —, bem como pelo uso do titânio nas laterais dos modelos Pro.

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Em matéria de cores, nos modelos de entrada voltaram o rosa e o verde, enquanto os mais caros deixaram de ser oferecidos em dourado, ganhando uma opção de titânio natural (em um tom cinza) e um tom de azul marinho. E, pela primeira vez em um iPhone, tivemos a chegada do conector USB-C.

Porta USB-C do iPhone 15
Porta USB-C do iPhone 15 | Foto: Inverse

Os modelos Pro também ganharam molduras mais arredondadas, bem como tiveram a histórica alavanca de toque/silencioso trocada por um botão de Ação, o qual conta com recursos como abrir a câmera, ativar modos de Foco e outros — além, é claro, do recurso original de silenciar ou reativar o som do toque do dispositivo.

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Na linha iPhone 16 (dimensões de 147,6×71,6×7,8mm no modelo base e 160,9×77,8 x7,8mm no Plus), temos uma novidade em matéria de design nos aparelhos mais baratos: a traseira continua fosca, mas as câmeras agora têm uma disposição vertical, dentro de um módulo em formato de pílula, enquanto o flash fica fora do módulo. As opções cores são preta, branca, rosa, verde-acinzentada e ultramarina.

iPhones 16
Imagem: Ookla

Os aparelhos também ganharam o botão de Ação, antes reservados aos modelos Pro. Outra novidade em todos os aparelhos da linha foi o botão Controle da Câmera (Camera Control), que serve para capturar fotos, iniciar gravações de vídeos, dar zoom, ajustar foco e alternar entre Estilos Fotográficos.

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Nos modelos Pro, as cores são titânio preto, titânio branco e titânio natural, com tons diferentes em relação à linha anterior, e a nova cor titânio-deserto. Fora isso, basicamente não há diferenças de design em relação aos modelos mais avançados anteriores, com as dimensões de 149,6×71,5×8,3mm e de 163×77,6×8,3mm.

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Em todos os modelos, o Ceramic Shield ficou 50% melhor em relação à geração anterior, com um vidro 2x mais forte.

Display

O display, por si só, foi motivo de considerarmos o modelo original do iPhone revolucionário. Ele popularizou um formato que seria padrão em todos os smartphones no futuro: a touchscreen (ou tela multitoque). Além disso, também foi inaugurada um tendência seguida pelos aparelhos da Apple até o iPhone 8: uma tela sensível ao toque com o botão de Início logo abaixo.

O modelo original trazia uma tela de 3,5″ e resolução de 480×320 pixels, mantida até o iPhone 3GS. Com o iPhone 4, foi introduzida a tela Retina, que tinha o mesmo tamanho, porém resolução de 960×640 pixels e densidade de 326ppp, a qual veríamos por vários modelos e que até hoje ainda está presente em alguns iPhones.

Com o iPhone 5, tivemos o primeiro aumento no tamanho da tela, passando para 4″ (1136×640 pixels), e mantido no iPhone 5s e no SE de primeira geração. É interessante perceber que, na época (2012), esse pequeno aumento para um tamanho que hoje consideramos irrisório foi tratado de maneira jocosa, com piadas como uma que colocava um “iPhone 10” do tamanho de um prédio!

Já no iPhone 6, vimos um aumento de maior substância, passando para 4,7″. Além disso, ele foi o primeiro lançamento da Apple que contemplava dois tamanhos de tela, sendo o segundo o iPhone 6 Plus, com 5,5″. Essa dupla de tamanhos seria vista também nos iPhones 7/7 Plus e 8/8 Plus, ainda existindo o modelo menor nos iPhones SE de segunda e de terceira gerações. Os modelos 7, vale notar, ganharam suporte à ampla gama de cores P3.

Em 2017, junto ao lançamento do iPhone 8, tivemos a apresentação do famoso iPhone X, que representou uma verdadeira mudança de rumo! Tratava-se do primeiro modelo sem botão de Início, com uma tela com tecnologia OLED 2 que ocupava quase toda a parte frontal do aparelho e com o icônico notch, um recorte acima da tela que abrigava a câmera frontal e os sensores do Face ID.

O modelo trazia uma tela Super Retina de 5,8″, com resolução de 2436×1125 pixels, a qual foi replicada no iPhone XS (em 2018). Nessa geração, contudo, ele ganhou uma versão de 6,5″ (resolução de 2688×1242 pixels), chamada de XS Max.

Os modelos X/XS/XS Max trouxeram as telas de maior qualidade e resolução até então nos smartphones da Apple, incluindo suporte a HDR 3. Foi também com o X que a tecnologia True Tone estreou.

Também em 2018, houve o lançamento do iPhone XR, inaugurando um modelo mais barato menos caro que retinha os recursos mais “essenciais” dos topo-de-linha, a qual mais tarde iria se tornar o principal da linha dos iPhones.

A resolução da tela do aparelho (1792×828 pixels) foi motivo de polêmica, por ser “apenas” o suficiente para alcançar a densidade de 326ppp.

Os displays tiveram as características gerais mantidas no iPhone 11, ganhando, porém, uma maior taxa de contraste e brilho de 800 nits, com picos de até 1.200 nits e o nome de Super Retina XDR — até hoje utilizado.

No iPhone 12, as bordas laterais foram diminuídas e todos os modelos da linha ganharam a tela com tecnologia OLED, até mesmo os de entrada! Os tamanhos também mudaram um pouco: o 12 Pro (resolução de 2532×1170 pixels) e o 12 (mesma resolução) tinham o mesmo tamanho de tela (6,1″); o Pro Max aumentou para 6,7″, com resolução de 2778×1284 pixels; e houve a criação do modelo mini, com tela de 5,4″ e resolução de 2340×1080 pixels.

Com o iPhone 13 — cujos modelos tinham displays com as mesmas resoluções dos anteriores —, o notch teve, pela primeira vez, uma alteração expressiva, com uma diminuição sensível no tamanho. Esperava-se que significaria, por exemplo, um aumento no número de informações exibidas na barra superior — que diminuiu com a chegada do notch no iPhone X —, mas continuou-se com os mesmos indicadores.

Algo que chegou com os iPhones 13 Pro e 13 Pro Max foi a tela ProMotion, que consiste numa taxa de atualização variável de até 120Hz, deixando a usabilidade do aparelho mais fluida. O recurso, ao menos até a linha 16, segue exclusivo dos modelos Pro.

Os iPhones 14 e 14 Plus tinham o mesmo recorte na tela do modelo anterior. Enquanto o menor tinha tela de 6,1″ e resolução de 2532×1170 pixels, o maior tinha display de 6,7″ e resolução de 2778×1284 pixels. Os mesmos tamanhos eram encontrados nos aparelhos mais avançados.

Já nos iPhones 14 Pro (resolução de 2556×1179 pixels) e 14 Pro Max (2796×1290 pixels), a Apple adotaram a chamada Ilha Dinâmica (Dymanic Island), em formato de pílula ou ilha. Há dois recortes, os quais são preenchidos por meio de software, mostrando a imagem de apenas uma “ilha” — que, como diz o nome, não é estática, interagindo com diversos apps e recursos do sistema.

Nos iPhones 15, a Ilha Dinâmica foi expandida também para os modelos mais acessíveis, continuando com basicamente o mesmo tamanho e funcionalidades em todos os aparelhos — resolução de 2556×1179 pixels no modelo de entrada e de 2796×1290 pixels no 15 Plus. Já nos modelos Pro, as bordas do display diminuíram, embora os tamanhos das telas dos quatro aparelhos tenham continuado os mesmos, com as resoluções dos iPhones Pro anteriores.

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Nos iPhones 16, tivemos algumas mudanças nos displays dos aparelhos. Enquanto o modelo base manteve-se com 6,1″ (2556×1179 pixels) e o 16 Plus com 6,7″ (2796×1290 pixels), o 16 Pro pulou para 6,3″ (2622×1206 pixels), enquanto o 16 Pro Max foi para 6,9″ (2868×1320 pixels).

Nos caso dos modelos mais avançados, as bordas foram ainda mais diminuídas, sendo as mais finas de qualquer produto da Apple; as telas, por sua vez, têm um brilho de até 2.000 nits.

Como curiosidade, os displays tanto evoluíram que a tela do modelo original do iPhone tinha uma resolução menor que a do atual Apple Watch Ultra, o qual conta com um display maior que o dos demais relógios inteligentes da Maçã. A comparação abaixo mostra a proximidade das telas dos dois aparelhos, que têm 15 anos de diferença.

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Você consegue imaginar o que teremos em termos de telas daqui a 15 anos?

Esta é a primeira parte de um especial abordando a evolução do iPhone ao longo dos anos. Em breve, teremos a segunda — focada em câmeras.

Notas de rodapé

1    Light emitting diode, ou diodo emissor de luz.
2    Organic light-emitting diode, ou diodo emissor de luz orgânico.
3    High dynamic range, ou grande alcance dinâmico
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