Ibovespa abre em alta com exterior no radar; dólar sobe

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O Ibovespa, principal índice do mercado acionário nacional, a B3, iniciou o pregão desta quinta-feira (6) com ganhos, com o mercado atento à decisão de política monetária da zona do euro, que deve trazer mais um corte na taxa de juros.

Além disso, os investidores seguem acompanhando as medidas tarifárias de Donald Trump.

Por volta das 10h15 (horário de Brasília) o marcador apresentava uma alta de 0,05%, aos 123.110 pontos.

Já o dólar comercial seguia o mesmo sentido do índice, com ganhos de 0,21%, cotado a R$ 5,75.

Apesar das criptomoedas, das tarifas de Trump e da expectativa em torno do PIB, esses fatores não geraram grandes movimentações no mercado ontem. O Ibovespa B3 ficou praticamente estável, registrando uma leve alta de 0,20%, fechando aos 123.047 pontos.

Hoje, assim como na quarta-feira, a tendência é de um dia com pouca volatilidade. No cenário interno, não há grandes dados esperados.

Já no exterior, a atenção se volta para a decisão de política monetária na zona do euro e para a coletiva de imprensa de Christine Lagarde, presidente do Banco Central Europeu. É possível que o tema da guerra entre Ucrânia e Rússia e suas repercussões econômicas também ganhe destaque.

No entanto, a economia da Europa não tem o mesmo peso que a dos Estados Unidos, e o impacto nas bolsas brasileiras tende a ser mais limitado.

Ibovespa sobem em véspera do PIB 

O Ibovespa apresenta ganhos nos primeiros momentos do pregão, enquanto o mercado demonstra expectativas para a divulgação do PIB.

O economista-chefe do Banco Master, Paulo Gala, comentou sobre as expectativas para o PIB de 2024, destacando que a previsão é de um crescimento de 3,5% em relação a 2023.

Segundo Gala, “o crescimento será puxado pela indústria e pelos serviços, com o setor industrial projetado para crescer 3% e o setor de serviços acompanhando esse ritmo”. Ele também ressaltou uma forte alta de investimentos, afirmando que “a formação bruta de capital fixo deve aumentar quase 10% em comparação com 2023.”

No entanto, o setor agrícola deve apresentar um desempenho mais modesto, com um crescimento estimado próximo de 1%. Gala explicou que “muitas catástrofes climáticas, como os problemas no Rio Grande do Sul, afetaram negativamente o agro”.

Além disso, ele mencionou que há projeções um pouco mais otimistas, com alguns especialistas esperando um crescimento de 3,6% a 3,7% para o PIB, mas reforçou que “3,5% é uma boa expectativa para amanhã”.

Sobre o desempenho no último trimestre de 2023, Gala indicou que o crescimento foi mais fraco, com uma estimativa de 0,5% de expansão no quarto trimestre em relação ao terceiro.

Ele destacou que “o ano passado teve uma taxa Selic mais baixa, o que contribuiu para um impulso na economia, além de um maior incentivo fiscal, principalmente no primeiro semestre, com transferências governamentais”.

Gala também explicou que o aumento das transferências sociais, como o Bolsa Família e o Seguro Desemprego, foi um fator importante para o crescimento, observando que “essas transferências ajudaram a impulsionar o PIB, especialmente porque são destinadas à população de baixa renda, que tem uma propensão ao consumo muito elevada”.

Por fim, ele afirmou que o ano de 2024 deve representar o melhor crescimento econômico dos últimos 10 anos, “com exceção da recuperação da pandemia em 2021”.

EUA

A quinta-feira (6) começa com perdas nos principais índices futuros dos Estados Unidos, após uma tentativa de recuperação impulsionada pela esperança de concessões nas tarifas.

No dia anterior, o Dow Jones registrou alta de 1,14%, o S&P 500 subiu 1,12% e o Nasdaq Composite avançou 1,46%. No entanto, apesar dos ganhos de ontem, os três índices ainda apresentam uma queda superior a 1% no acumulado da semana.

Cotação dos índices futuros dos EUA:

Dow Jones Futuro: -0,47%

S&P 500 Futuro: -0,57%

Nasdaq Futuro: -0,56%

Bolsas asiáticas

Os mercados da região Ásia-Pacífico encerraram o pregão desta quinta-feira com ganhos na maioria, impulsionados pelo adiamento de algumas tarifas dos EUA sobre o México e o Canadá.

O Hang Seng registrou um salto de 3,29%, impulsionado pelas altas expectativas dos investidores em relação a possíveis medidas favoráveis que podem ser anunciadas durante a coletiva conjunta dos ministérios do governo chinês em Pequim.

Na quarta-feira, autoridades chinesas estabeleceram uma meta de crescimento de cerca de 5% para 2025 durante sua sessão parlamentar anual. Esta é a primeira vez em mais de dez anos que Pequim estabelece a mesma meta de crescimento por três anos consecutivos.

O presidente Xi Jinping reafirmou a determinação da China em buscar um crescimento ambicioso neste ano, apesar das dificuldades impostas pela guerra comercial.

Shanghai SE (China), +1,17%

Nikkei (Japão): +0,77%

Hang Seng Index (Hong Kong): +3,29%

Kospi (Coreia do Sul): +0,70%

ASX 200 (Austrália): -0,57%

Bolsas europeias

Os mercados europeus estão, em sua maioria, em alta, com os investidores aguardando a decisão de política monetária do Banco Central Europeu (BCE). A expectativa é de que o BCE reduza sua taxa de juros em 25 pontos-base, para 2,5%.

Na quarta-feira, o DAX da Alemanha subiu 3,4%, registrando seu melhor desempenho diário desde novembro de 2022.

O otimismo dos investidores foi alimentado por expectativas de um crescimento mais robusto e um aumento significativo nos investimentos em infraestrutura e defesa.

O movimento foi impulsionado por um acordo histórico entre políticos para reformar as regras fiscais e de restrição de dívida no país.

FTSE 100 (Reino Unido): -0,41%

DAX (Alemanha): +1,21%

CAC 40 (França): +0,39%

FTSE MIB (Itália): +0,71%

STOXX 600: +0,24%

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