BlackRock reduz participação na Cosan (CSAN3)

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BlackRock / Divulgsção

A BlackRock, maior gestora do mundo, fez uma redução na sua participação na Cosan (CSAN3) de 5,531% das ações para 2,222% em 28 de fevereiro, segundo comunicado ao mercado desta quarta-feira (5). O papel fechou com alta de 0,28% nesta quarta.

De maneira agregada, a Blackrock agora detém 41,49 milhões de ações ordinárias da Cosan, equivalente a 2,22% do total emitido pela empresa brasileira. Além disso, a gestora também possui 13,63 milhões de derivativos atrelados às ações, representando 0,73% do total.

Na semana passada, a empresa reportou um prejuízo líquido não auditado de R$ 9,3 bilhões no 4T24. Apesar disso, a XP Investimentos segue recomendando a compra do papel, com um preço-alvo de R$ 18,50, o que representa uma potencial de alta de 163,53%. 

Em linhas gerais, o mercado já esperava pelo resultado, mas a XP destacou que o balanço trouxe entre as novidades um Ebitda 19% menor que o esperado para Moove e melhores resultados para Radar, por conta da forte valorização do portfólio.

Antes da divulgação da Cosan, outra empresa que reportou resultados fracos foi a Raízen, Enquanto isso, os números da Rumo foram fortes, em linha com a expectativa da XP. A Compass foi sólida, mas ligeiramente abaixo da expectativa.

Cosan (CSAN3) cogita mudar parceiros e diluir empresas para reduzir dívida 

Após divulgar seu balanço na quarta-feira (26), onde reportou prejuízo de R$9,3 bilhões no quarto trimestre de 2024, a Cosan(CSAN3) afirmou que pretende tomar medidas para reduzir em até 30% a dívida no curto prazo. Segundo o CEO (presidente executivo) Marcelo Martins, a entrada de parceiros e venda de ações de outras empresas estão no radar.

Recentemente a companhia vendeu sua participação na Vale, contudo, a operação ocorreu em valor inferior ao registrado no balanço resultando em  perdas contábeis. A empresa possui um conjunto de ativos que cogita venda como o porto de São Luís, no Maranhão, e terrenos da sua subsidiária Radar.

“Não é realista assumir que vamos reduzir a dívida a zero num curto ou médio prazo. Precisaremos de mais tempo para isso. Mas eu acho que é possível, sim, assumir o compromisso de reduzir pelo menos, com a dívida que sobrou, uns 30% nos próximos meses. Este é o nosso objetivo”, afirmou Martins durante teleconferência.

Segundo o jornal Valor Econômico, O CFO (diretor financeiro), Rodrigo Araújo, assume a possibilidade de venda na Raízen, e venda de ativos de sua controladora.

A Cosan não vai colocar dinheiro na Raízen. Nossa prioridade clara é redução na alavancagem. A Raízen tem possibilidade de vender ativos bastante relevantes, que podem ter impacto na alavancagem e os dois acionistas estão conscientes disso”, disse. Araújo ainda reforçou que os setores de energia e renováveis são os que a empresa deve buscar parcerias e onde a companhia tem capacidade de ‘diluição’.

O rombo bilionário decorre da desvalorização da participação da empresa na Vale, que respondeu por R$4,7 bilhões do total, além do prejuízo de R$1,2 bilhão da Raízen e uma baixa de R$2,8 bilhões em prejuízos fiscais. O relatório divulgado aponta que a dívida bruta da Cosan ao final do 4º trimestre foi de R$27,79 bilhões.

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