Preço do café salta 60% em 12 meses; veja lista de alimentos com as maiores altas

O café foi o alimento com maior alta de preços nos últimos 12 meses, apontam dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira, 25. Tradicional bebida na mesa dos brasileiros, ele registrou uma alta de 60,10%.

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A informação compõe a prévia da inflação oficial do país, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), que acelerou para 1,23% em fevereiro após alta de 0,11% em janeiro.

Veja os alimentos com maiores altas nos últimos 12 meses

ALIMENTOS COM AS MAIORES ALTAS EM 12 MESES (%)
CAFÉ MOÍDO 60,10
TANGERINA 53,66
ABOBRINHA 47,06
LARANJA-LIMA 43,36
ABACATE 30,84
LIMÃO 29,88
ALHO 29,08
LARANJA-PERA 28,80
ACÉM 28,49
ÓLEO DE SOJA 24,94
PEITO 24,66
PATINHO 24,34
FILÉ-MIGNON 23,95
LAGARTO COMUM 22,92
AÇAÍ (EMULSÃO) 22,75
CONTRAFILÉ 21,45
COSTELA 21,16
ALCATRA 20,79
MÚSCULO 20,41
LAGARTO REDONDO 20,22

A alta do dólar e os efeitos climáticos adversos são dois dos principais fatores a pressionar os preços. “Os alimentos ainda devem continuar pesando no bolso, principalmente por causa do clima e do câmbio”, afirma o CEO da gestora Multiplike, Volnei Eyng.

CEO do Grupo Studio, Carlos Braga Monteiro destaca que os alimentos ainda serão impactados por estes fatores ao longo de 2025, e que outras pressões podem surgir com a alta da gasolina, “puxando a inflação e elevando o custo logístico dos alimentos, gerando um efeito cascata nos preços”.

Por que o café?

A alta café foi motivada justamente pela alta do dólar, que torna os preços para o exterior mais competitivos, e pela quebra de safra, ou seja, por uma produção abaixo do esperado pelos agricultores. O Brasil produz quase metade dos grãos arábica do mundo e passou por uma das piores secas de sua história no ano passado.

“A tendência é de que os preços permaneçam elevados, com possível estabilização a partir de abril com a nova safra, e siga assim ao longo do segundo semestre de 2025. Mas, uma queda significativa nos preços é esperada apenas para 2026”, comenta o professor da Faculdade ESEG, Adriano Giacomini.

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