Itaú BBA: mercados latinos têm boas avaliações, mas precisam de gatilhos

Foto: Brasil/CanvaPro

Os mercados da América Latina estão negociando a múltiplos baixos, porém, ainda são necessários catalisadores para entregar retornos, foi o que avaliou o CIO da Sycamore Capital e especialista em Mercados Emergentes, Jean Van Walle, em reunião com o Itaú BBA.

O especialista destacou que tem uma visão positiva para o Chile, antecipando uma possível mudança no ciclo macroeconômico ainda este ano, segundo o Itaú BBA.

Já para o Brasil as avaliações também são atrativas, mas Van Walle destacou que os gatilhos para uma valorização podem vir de uma mudança no ciclo macroeconômico, embora haja baixa visibilidade disso no curto prazo.

Para a Argentina, o especialista reconheceu que há um bom potencial estrutural no setor de shale oil (em linha com nossa visão sobre a Vista), mas o Itaú BBA indicou que ele teme que a moeda tenha se valorizado excessivamente.

Já o México enfrenta um cenário mais desafiador, sendo mais sensível às decisões da administração dos EUA.

Itaú BBA avalia impactos das tarifas de Trump sobre a Gerdau (GGBR4)

O anúncio de taxação de 25% que recairá sobre o Brasil para o aço exportado aos EUA deve gerar benefícios à Gerdau (GGBR4), caso elas de fato se concretizem, avaliou o Itaú BBA

“Se realmente houver aumento das tarifas nesses valores, isso é notícia positiva para os produtores locais – incluindo a Gerdau U.S”, apontaram os analistas do Itaú BBA.

O banco calculou que o Ebitda – lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização – consolidado da Gerdau deve aumentar quase R$ 1,4 bilhão para cada aumento de 5% no preço médio de venda da Gerdau nos EUA (para todo o portfólio).

“Temos sido cautelosos com o momento do setor, e reconhecemos as tendências de resultados relativamente fracas da Gerdau no quarto trimestre de 2024 e no primeiro trimestre de 2025, mas acreditamos que este anúncio – se implementado – ajuda com o desconforto dos investidores com as dinâmicas da operação americana, ajudando resultados consolidados”, consta em relatório do banco, segundo o “E-Investidor”. 

A Gerdau é a única empresa com recomendação equivalente a compra no setor de aço dentro da cobertura do Itaú.

Mesmo assim, o banco lembrou que existe uma tarifa de 25% sobre as importações de aço para os EUA e uma tarifa de 10% sobre o alumínio, seguindo a Seção 232, implementada durante o primeiro governo do presidente Donald Trump.

Porém, há muitas isenções, como sistemas de cotas para alguns países. Conforme a última apresentação da Nucor, somente 18% dos volumes de aço importados para os EUA estão sujeitos à tarifa de importação completa de 25%, pontuaram os analistas.

O post Itaú BBA: mercados latinos têm boas avaliações, mas precisam de gatilhos apareceu primeiro em BPMoney.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.