Suzano reverte lucro e fecha quarto trimestre com prejuízo

A Suzano (SUZB3) reportou um prejuízo líquido de R$ 6,7 bilhões no quarto trimestre de 2024, revertendo o lucro de R$ 4,5 bilhões obtido no mesmo período do ano anterior. Segundo a companhia, o resultado foi impactado pela variação cambial sobre a dívida e as operações de hedge em moeda estrangeira, sem efeito imediato no caixa, mas com impacto nos vencimentos futuros.

Apesar disso, tanto a receita quanto o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado ficaram acima das expectativas do mercado.

A empresa registrou um Ebitda ajustado de quase R$ 6,5 bilhões nos três meses encerrados em dezembro, um avanço de 44% na comparação anual. A expectativa média dos analistas era de R$ 6,3 bilhões. O desempenho foi impulsionado pela valorização do dólar frente ao real e pelo aumento no volume de vendas de celulose e papel, apesar do impacto da alta nos custos logísticos, das paradas programadas e do aumento nas despesas operacionais.

A receita líquida da Suzano cresceu 37% em relação ao mesmo período do ano anterior, totalizando R$ 14,2 bilhões. O avanço reflete o crescimento de 19% nas vendas de celulose, que atingiram 3,3 milhões de toneladas, e de 11% nas vendas de papel, que somaram 430 mil toneladas. O resultado superou as projeções dos analistas, que previam uma receita de R$ 12,9 bilhões.

As vendas de celulose foram impulsionadas pelo aumento da demanda na Ásia e na América do Norte, enquanto o crescimento na comercialização de papel foi favorecido pela retomada da atividade econômica e pela concentração de compras para o programa de livros didáticos do governo federal.

A empresa

A Suzano é uma das maiores produtoras de celulose e papel do mundo, com uma história que remonta a 1924, quando foi fundada por Leon Feffer em São Paulo. Inicialmente focada na fabricação de papel, a empresa expandiu suas operações ao longo das décadas, tornando-se uma referência global no setor de papel e celulose.

A companhia ganhou ainda mais relevância em 2019, após a fusão com a Fibria, consolidando-se como líder global na produção de celulose de eucalipto. Com operações em diversos países, a Suzano exporta para mais de 80 mercados e possui um forte compromisso com práticas sustentáveis, incluindo investimentos em reflorestamento e bioeconomia.

A empresa também tem investido em inovação e novas tecnologias para diversificação de portfólio, explorando oportunidades em bioprodutos derivados da celulose. Com uma estratégia voltada para eficiência operacional e crescimento sustentável, a Suzano segue ampliando sua presença global e reforçando sua posição no mercado de papel e celulose.

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