Meta enfrenta críticas no Brasil após fim da checagem de fatos nas redes sociais

A recente decisão da Meta de encerrar o programa de checagem independente de fatos e substituí-lo pelo recurso “Notas de Comunidade” gerou controvérsia. Uma pesquisa revelou que 41% dos brasileiros discordam dessa medida, enquanto 34% a apoiam e 24% não souberam opinar.

O índice de rejeição no Brasil é o mais alto entre seis países latino-americanos analisados, superando Argentina (28%), México (31%), Colômbia (35%), Chile (30%) e Peru (26%). A pesquisa, conduzida pela Broadminded, ouviu cerca de 3,2 mil pessoas em janeiro.

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Mudanças nas regras da Meta e impacto no Brasil

Além do fim da checagem por terceiros, a Meta flexibilizou regras que limitam discurso de ódio e reduziu o alcance de filtros automáticos que removem conteúdo, medidas que afetam usuários brasileiros. Os anúncios foram feitos em 7 de janeiro.

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A pesquisa também revelou que 38% dos usuários brasileiros considerariam deixar as plataformas da Meta caso o fim da checagem de fatos seja implementado no país. No entanto, 43% afirmam que permaneceriam nas redes.

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Fake news e desinformação nas redes sociais

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Em relação à disseminação de fake news, 29% dos brasileiros admitiram já ter acreditado em informações falsas antes de descobrirem a verdade. Além disso, 54% relataram exposição à desinformação e 43% encontraram discursos de ódio nas plataformas da Meta.

A maioria dos brasileiros (87%) acredita que a Meta deve ser legalmente responsável por remover conteúdos prejudiciais, desativar contas e colaborar com autoridades em casos que representem riscos reais. Apenas 8% discordam dessa responsabilidade e 6% não souberam responder.

Responsabilidade da Meta e o futuro da regulação

Patrick O’Neill, fundador da Sherlock Communications, destaca que, embora a desinformação seja um problema global, o Brasil se diferencia pelo alto consumo de redes sociais e pelo impacto dessas plataformas no debate público. Ele alerta que ignorar as preocupações dos brasileiros pode ter consequências para a Meta a longo prazo.

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Atualmente, as redes sociais só podem ser responsabilizadas por conteúdos de terceiros mediante decisão judicial. O Projeto de Lei das Fake News, que propõe maior responsabilização das plataformas e exige transparência na moderação, está em tramitação no Congresso e também é tema de debate no Supremo Tribunal Federal (STF).

Como os brasileiros verificam informações?

Quando desconfiam de uma postagem, 57% dos usuários brasileiros recorrem a buscas na internet e 53% consultam a imprensa para verificar a veracidade. Além disso, 33% buscam indícios em outras redes sociais e 9% utilizam plataformas de inteligência artificial, como o ChatGPT, para checar informações.

Entre os que fizeram denúncias nas plataformas da Meta, 31% afirmam não ter obtido resposta satisfatória ou foram ignorados, enquanto 22% ficaram satisfeitos após a denúncia.

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Fonte: O Globo

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