Caso Marcelo Arruda: como será o júri do réu pelo assassinato do tesoureiro do PT

Caso Marcelo Arruda: como será o júri do réu pelo assassinato do tesoureiro do PT

O guarda municipal e tesoureiro do Partido dos Trabalhadores (PT) em Foz do Iguaçu, Marcelo Arruda, comemorava 50 anos com a família e amigos, em 2022, quando a festa foi invadida, e o servidor público, assassinado. Réu pelo crime, o ex-policial penal bolsonarista Jorge Guaranho será levado a júri popular nesta terça-feira, 11.

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Guaranho foi denunciado pelo Ministério Público do Paraná por homicídio duplamente qualificado, pelo motivo fútil, associado à violência política, e perigo comum. Isso porque o crime ocorreu em um momento de polarização política e a festa de Marcelo Arruda era alusiva ao PT e à sua maior liderança, Lula. A acusação pede a pena máxima, que é de 30 anos.

A defesa do réu afasta motivação política. Sustenta legítima defesa e alega que teria havido desentendimento entre Guaranho e Arruda. Em uma das audiências do caso, a mãe do acusado, Dalvalice Rocha, afirmou que o filho não é assassino e tudo foi uma tragédia.

“Justiça para Marcelo Arruda”

O júri popular já foi suspenso quatro vezes e transferido para Curitiba (PR), não sendo realizado em Foz do Iguaçu, cidade onde ocorreu o crime. A viúva de Marcelo Arruda, Pamela Silva, espera que a justiça seja feita. “Temos fé de que finalmente o autor do assassinato do Marcelo vai ser julgado e condenado. O assassino está em casa, em prisão domiciliar. E nós estamos enfrentando toda essa dor.”

Além de familiares, lideranças políticas do PT, representantes de sindicatos e ativistas dos direitos humanos de Foz do Iguaçu estão no Tribunal do Júri para acompanhar o julgamento. O espaço fica no Centro Cívico, na capital curitibana.

Como funciona o júri:

  • o julgamento será conduzido pela juíza Mychelle Pacheco Cintra Stadler, da 1.ª Vara Privativa do Tribunal do Júri de Curitiba;
  • a acusação será feita pelas promotoras de justiça Roberta Franco Massa e Ticiane Louise Santana Pereira, que atuam na Promotoria de Justiça de Crimes Dolosos Contra a Vida;
  • a equipe de assistência de acusação é composta pelos advogados Andrea Pacheco Godoy e Daniel Godoy, Paulo Henrique Guerra Zuchoski, Alessandra Raffaeli Boito e Rogério Oscar Botelho;
  • no primeiro dia de julgamento, serão definidos os membros do júri, por sorteio dos jurados convocados, e leitura de partes do processo. Depois são ouvidas as testemunhas,peritos e réu;
  • em seguida, começarão os debates de acusação e defesa;
  • por fim, o Conselho de Sentença, formado pelos jurados, reunir-se-á para a decisão.
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