Veja o ranking das cidades com maior potencial no mercado imobiliário

O mercado imobiliário brasileiro está passando por uma transformação, e cidades como Curitiba, Goiânia e São Paulo estão na vanguarda. A segunda edição do Índice de Demanda Imobiliária (IDI-Brasil) destacou essas capitais por seu potencial nos segmentos econômico, médio e alto padrão, respectivamente.

O IDI-Brasil, atualizado trimestralmente, avalia 61 cidades do país, utilizando dados reais e anonimizados sobre transações imobiliárias. O objetivo é identificar tendências e oportunidades para novos projetos residenciais verticais.

Essa iniciativa envolve o Ecossistema Sienge, CV CRM e Grupo Prospecta, em colaboração com a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC).

Curitiba liderou a categoria econômica, destinada a famílias com renda entre R$ 2 mil e R$ 12 mil. Goiânia destacou-se no segmento médio, enquanto São Paulo manteve sua posição de destaque no alto padrão, acima de R$ 24 mil.

Esses resultados refletem a diversidade econômica e a demanda crescente por imóveis nas mais variadas regiões do país.

Curitiba: destaque no padrão econômico

Curitiba é líder no segmento econômico desde o início de 2024, seguida por Fortaleza e São Paulo. Essa demanda tem sido influenciada pelas restrições no plano diretor da cidade, que limitam a oferta de moradias populares.

José Carlos Martins, presidente do Conselho Consultivo da CBIC, destaca em entrevista à Exame a necessidade de ajustes legislativos para atender a essa demanda não atendida.

No ranking da categoria econômica, as notas foram as seguintes:

1. Curitiba (PR) – 0,909
2. Fortaleza (CE) – 0,849
3. São Paulo (SP) – 0,791
4. Recife (PE) – 0,793
5. Goiânia (GO) – 0,762

Goiânia: liderança no padrão médio

Já no padrão médio, para famílias com renda entre R$ 12 mil e R$ 24 mil, Goiânia mostrou a maior demanda por novos imóveis.

A capital de Goiás tem se beneficiado de mudanças na legislação municipal, que impulsionaram a absorção rápida de novas unidades lançadas.

Confira as notas das cinco principais cidades do segmento médio, que variaram mais no ano passado do que o padrão econômico:

1. Goiânia (GO) – 0,807
2. São Paulo (SP) – 0,782
3. Florianópolis (SC) – 0,655
4. Brasília (DF) – 0,654
5. Curitiba (PR) – 0,634

São Paulo: protagonista no alto padrão

São Paulo manteve-se firme como líder no mercado de alto padrão, com renda familiar superior a R$ 24 mil. A cidade destaca-se por sua versatilidade e capacidade de atrair diferentes tipos de empreendimentos.

Gabriela Torres, gerente de Inteligência Estratégica do Ecossistema Sienge, ressalta que essa diversidade garante uma demanda contínua na região. O tamanho da cidade também contribui para o resultado.

A lista ficou assim:

1. São Paulo (SP) – nota 0,850
2. Goiânia (GO) – nota 0,833
3. Florianópolis (SC) – nota 0,733
4. Fortaleza (CE) – nota 0,714
5. Belo Horizonte (MG) – nota 0,685

Como o IDI-Brasil é elaborado

A metodologia do IDI-Brasil utiliza seis indicadores principais para avaliar a atratividade de cidades brasileiras para novos projetos imobiliários. Entre eles estão o Indicador de Demanda, que mede potenciais compradores, e o Indicador de Dinâmica Econômica, que avalia a capacidade de gerar ciclos de demanda.

Além disso, o Indicador de Ofertas de Terceiros analisa a concorrência no mercado, enquanto o Indicador de Demanda Direta CV CRM utiliza dados de leads para identificar áreas de interesse.

Outros dois indicadores, Indicador de Atratividade para Antigos Lançamentos CV CRM e Indicador de Atratividade para Novos Lançamentos CV CRM, ajudam a entender a aceitação do mercado em lançamentos com diferentes tempos de mercado.

Com base nos resultados do IDI-Brasil, é possível observar tendências regionais e identificar as cidades que oferecem maiores oportunidades de investimento no setor imobiliário. Este cenário destaca a importância de se adaptar às demandas locais para maximizar o potencial de crescimento.

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