Dólar opera em baixa, no patamar de R$ 5,80, repercutindo ata do Copom e guerra tarifária dos EUA

O dólar opera rondando a estabilidade na manhã desta terça-feira, 4, com oscilação entre margens estreitas. A divisa americana abriu o dia recuando moderadamente nos primeiros negócios. O mercado digere a ata da reunião do Copom de janeiro, que trouxe sinais considerados “hawkish” e puxam os juros futuros curtos e médios para cima.

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Por volta de 12h30 desta terça, o dólar à vista caía 0,13%, negociado a R$ 5,8. Veja cotações.

No câmbio, o dólar ajusta-se à desvalorização externa da divisa americana em relação a moedas principais e as emergentes latino-americanas, em especial peso mexicano, além do dólar canadense. Investidores reagem à suspensão temporária por 30 dias das tarifas americanas de 25% às importações do México e Canadá, em troca de maior controle nas fronteiras para combater o tráfico de fentanil.

Há expectativas pelo desfecho de um diálogo entre os presidentes americano, Donald Trump, e da China, Xi Jinping, nas próximas horas, em meio à promessa de tarifas de 10% a produtos chineses a partir de hoje, o que já foi respondido por Pequim com medidas retaliatórias.

A China anunciou que a importação americana de carvão e gás liquefeito terá tarifas de 15%, enquanto petróleo, máquinas agrícolas e veículos terão 10% a partir de 10 de janeiro.

Na ata, o Copom incluiu um trecho em que diz que “é necessária cautela e parcimônia na análise recente de dados de atividade”. Também diz que “a desancoragem das expectativas de inflação é um fator de desconforto comum a todos os membros do Comitê e deve ser combatida”.

O Copom repete que o tamanho total do ciclo de aumento da taxa Selic será ditado pelo seu “firme compromisso de convergência da inflação à meta” e reitera que a indicação de alta de 100 pontos-base da Selic em março segue apropriada. O BC diz ainda que o mercado de trabalho robusto, o fiscal expansionista e o vigor no crédito apoiam o consumo.

Na semana passada, o comitê elevou a Selic em 1 ponto percentual, para 13,25% ao ano, sinalizou alta na mesma magnitude em março, mas deixou em aberto o que fará em maio.

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