Estatais enfrentam o maior déficit histórico em 2024

Foto: Agência Petrobras/Reprodução

Em 2024, as estatais enfrentaram um déficit primário de R$ 8,073 bilhões, o maior já registrado desde o início da série histórica. O número foi revelado na última a sexta-feira (31) no relatório de Estatísticas Fiscais do Banco Central.

O déficit primário é a diferença entre as receitas e despesas do governo, excluindo os pagamentos relacionados aos juros da dívida.

O setor público consolidado, que inclui estados, a União e municípios, também apresentou um déficit primário de R$ 47,6 bilhões em 2024, o que representa 0,4% do Produto Interno Bruto (PIB). No ano passado, esse déficit foi de R$ 249,1 bilhões.

Ano Resultado Valor (em bilhões)
2001 Superávit R$ 9,4
2002 Superávit R$ 4,97
2003 Superávit R$ 3,02
2004 Superávit R$ 2,3
2005 Superávit R$ 4,2
2006 Superávit R$ 4,8
2007 Déficit R$ 1,3
2008 Superávit R$ 1,7
2009 Superávit R$ 1,3
2010 Superávit R$ 2,3
2011 Superávit R$ 2,7
2012 Déficit R$ 2,6
2013 Déficit R$ 0,32
2014 Déficit R$ 4,2
2015 Déficit R$ 4,3
2016 Déficit R$ 0,98
2017 Superávit R$ 0,362
2018 Superávit R$ 4,4
2019 Superávit R$ 11,8
2020 Superávit R$ 3,6
2021 Superávit R$ 2,9
2022 Superávit R$ 6,1
2023 Déficit R$ 2,2
2024 Déficit R$ 8,07

Resultados fiscais recentes

O desempenho fiscal de diferentes esferas do governo no último período apresentou resultados mistos:

  • Governo Central: Déficit de R$ 45,4 bilhões
  • Estatais: Déficit de R$ 8,1 bilhões
  • Governos regionais: Superávit de R$ 5,9 bilhões

Em dezembro, o cenário fiscal foi mais positivo, com um superávit primário de R$ 15,7 bilhões, contrastando com o déficit de R$ 129,6 bilhões registrado no mesmo mês de 2023.

No mesmo mês, o Governo Central e as estatais tiveram superávits de R$ 26,7 bilhões e R$ 1 bilhão, respectivamente. Por outro lado, os governos regionais (estados e municípios) enfrentaram um déficit de R$ 12 bilhões.

Setor público tem déficit de R$ 47,5 bi em 2024

O setor público consolidado registrou um déficit primário de R$ 47,553 bilhões em 2024, o que corresponde a 0,4% do PIB, de acordo com os dados divulgados pelo BC (Banco Central) nesta sexta-feira (31).

Em dezembro de 2024, o resultado foi positivo, com um superávit de R$ 15,745 bilhões, contrastando com o déficit de R$ 129,573 bilhões no mesmo mês de 2023. 

Vale destacar que, no ano anterior, o impacto do pagamento de precatórios foi de R$ 92,4 bilhões. Em 2023, o déficit acumulado foi de R$ 249,124 bilhões, equivalente a 2,28% do PIB.

Os dados referem-se ao setor público consolidado, que inclui o governo central (compreendendo Previdência, Tesouro e o próprio Banco Central), Estados, municípios e estatais.

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