Medicina perde o posto de curso mais concorrido no Brasil

O cenário das preferências universitárias no Brasil passou por transformações notáveis em 2023. O Censo da Educação Superior, divulgado recentemente, revelou uma mudança significativa nas opções dos estudantes. Dois cursos emergiram como os mais concorridos, ao desbancar o tradicional líder, Medicina.

Os dados foram apresentados pelo Ministério da Educação (MEC) e pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais “Anísio Teixeira” (Inep) e destacam a diversidade nas escolhas acadêmicas.

As novas tendências indicam uma reorganização nas prioridades estudantis, uma reviravolta no cenário educativo que mostra como o mercado influencia as novas gerações de alunos.

A análise do censo também revelou informações sobre as taxas de ingresso no ensino superior. Variações regionais e entre diferentes tipos de egressos do ensino médio foram observadas, o que reflete a complexidade do acesso à educação universitária no Brasil.

Parece que Medicina não é o curso mais disputado no vestibular – Imagem: reprodução/Stethoscope/Pixabay

Transformações nas preferências educacionais

Em uma virada inesperada, Engenharia Naval ganhou destaque como a formação mais desejada em instituições públicas. A oferta restrita nesse setor, aliada à alta demanda, resultou em uma concorrência de 55 candidatos por vaga. Essa mudança surpreendeu muitos que consideravam Medicina imbatível.

Já no setor privado, Artes Cênicas foi o curso que atraiu maior interesse, ao registrar 10 candidatos por vaga. Esse dado reflete a crescente busca por formações em áreas criativas, que oferecem oportunidades únicas no mercado cultural e artístico.

Além dos cursos de Engenharia Naval e Artes Cênicas, outros setores também registraram alta concorrência ao permanecerem como opções populares entre os estudantes. Veja a seguir os demais cursos em alta:

  • Área Básica de Ingresso (ABI) Computação;

  • Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC);

  • Psicologia;

  • Biomedicina.

Análise regional e tipos de ensino

Apenas 27% dos formados no ensino médio ingressaram no ensino superior em 2023. Instituições federais registraram uma taxa de ingresso de 58%, seguidas pelas privadas, com 59%. Já as estaduais ficaram abaixo, com 21%.

Foi observada ainda uma diferença entre egressos dos ensinos médio técnico e regular. Do total de estudantes técnicos, 44% continuaram os estudos, enquanto apenas 26% dos alunos do ensino regular prosseguiram.

A análise do Censo da Educação Superior oferece uma visão aprofundada sobre as tendências atuais no Brasil. As informações destacam não apenas o novo panorama educacional, mas também como as mudanças no mercado de trabalho moldam as escolhas dos estudantes.

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