Minas Gerais registra o primeiro caso de febre amarela em 2025

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Vacina é aliada para conter infestação da doença (Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil)

A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) confirmou o primeiro caso de febre amarela em 2025. O paciente é um homem de 65 anos, morador de Camanducaia, no Sul de Minas Gerais, a cerca de 400 quilômetros de Juiz de Fora, e a suspeita é de que a contaminação tenha ocorrido próximo a uma cidade com casos de animais infectados. A vacinação segue sendo a principal forma de prevenção da doença, e a recomendação é de que a imunização seja intensificada.

O paciente está internado em um hospital de São Paulo e faz tratamento oncológico para combater um linfoma, mas não corre risco de ir a óbito. O Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs-MG) está conduzindo investigação epidemiológica. 

No período de 2024 a 2025, foram registrados outros dois casos para a doença na Regional de Pouso Alegre. Já em 2023, foi confirmado um óbito por febre amarela no município de Monte Santo de Minas, localizado na Regional de Passos, em um paciente do sexo masculino, não vacinado e com histórico de deslocamento para São Sebastião do Grama, em São Paulo. 

Em 2024, houve um óbito confirmado em Águas de Lindóia (SP), com local provável de infecção em Monte Sião, na Regional de Pouso Alegre. No período sazonal atual (entre 2024 e 2025) foram registradas mais duas epizootias positivas para febre amarela, no município de Ipuiúna, também na Regional de Pouso Alegre. Em Juiz de Fora, não há casos investigados até o momento. 

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Índices de vacinação

A vacina contra a febre amarela está disponível em todas as Unidades Básicas de Saúde do Estado. De acordo com a Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS), até o começo de novembro de 2024, a cobertura vacinal em Minas Gerais estava atingindo 86,27% do público-alvo (menores de 1 ano de idade). A meta de cobertura dessa vacina, preconizada pelo Ministério da Saúde, é de 95%. Conforme as recomendações do Programa Nacional de Imunizações (PNI), o imunizante é direcionado para pessoas a partir de 9 meses de idade, e o esquema vacinal em crianças menores de 5 anos de idade compreende duas doses, sendo a primeira aos 9 meses de vida e uma dose de reforço aos 4 anos de idade. 

Já em pessoas de 5 a 59 anos de idade que ainda não foram imunizadas, é preciso tomar uma dose única. Nas demais situações, caso a pessoa tenha recebido apenas uma dose da vacina antes de completar 5 anos de idade, deve ser administrada uma dose de reforço, independentemente da idade atual. Pessoas com 60 anos ou mais podem ser vacinadas após avaliação das condições de saúde e a existência de possíveis contraindicações à vacinação. Para viajantes internacionais e viajantes para áreas com evidência de circulação do vírus febre amarela (em humanos ou epizootias) não vacinados, a recomendação é de que seja administrada uma dose da vacina com pelo menos 15 dias de antecedência da viagem. 

Estado recomenda ações de prevenção à febre amarela

A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais recomenda que os municípios implementem ações imediatas de vacinação das pessoas a partir de 9 meses de idade ainda não vacinadas, para reduzir o número de indivíduos suscetíveis à doença. Também foi recomendado que os municípios atualizem a situação vacinal para a febre amarela dos trabalhadores da saúde e façam busca ativa de não vacinados nas localidades, através das estratégias de Intensificação Vacinal e/ou Monitoramento Rápido de Coberturas Vacinais, com atenção especial à população residente e trabalhadora da zona rural.

Também foi indicada a promoção de programas educativos sobre os sintomas da febre amarela, formas de prevenção e a importância da vacinação. Isso pode ser feito, por exemplo, a partir de reuniões com parceiros como sindicatos, fazendeiros e agricultores familiares, a fim de se ressaltar a importância da vacinação contra a febre amarela e da realização das atividades de controle vetorial. 

Outra recomendação é a parceria com instituições de turismo (em especial nos casos de turismo rural e religioso) para divulgação e informação sobre a importância da vacinação 15 dias antes do passeio turístico com destino a Minas Gerais, e ainda a capacitação dos profissionais de saúde para que possam realizar com mais eficiência a suspeição diagnóstica oportuna, o manejo clínico adequado, e ainda a notificação de casos suspeitos da doença.

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