Você não precisa vender suas ações: é possível alugá-las e fazer renda extra

Para quem investe no mercado financeiro e busca alternativas de rentabilidade, o aluguel de ações é uma estratégia que merece atenção. Essa operação permite ao investidor, chamado de “doador“, emprestar suas ações a outro participante do mercado, o “tomador“, em troca de uma remuneração.

Trata-se de uma prática que pode gerar ganhos extras sem abrir mão dos dividendos, da valorização dos papéis e da possibilidade de diversificação do portfólio ao longo do período de contrato.

Como o aluguel de ações funciona?

Ações representam pequenas partes do capital de uma empresa negociadas na Bolsa de Valores. (Foto: Canva Pro)

O processo é simples e ocorre de maneira semelhante ao aluguel de um imóvel. O investidor que detém as ações as disponibiliza para outro, que as utiliza por um período determinado mediante um contrato formalizado e registrado na Bolsa de Valores. A intermediação é realizada por corretoras, responsáveis por conectar doadores e tomadores.

Ao final do contrato, as ações são devolvidas ao doador, acompanhadas do pagamento acordado. Vale destacar que todo o processo é regulamentado, o que garante segurança tanto para o doador quanto para o tomador.

A remuneração do aluguel de ações, conhecida como taxa de aluguel, varia de acordo com a demanda e a oferta de cada ativo no mercado. Quando há muita procura por determinadas ações, a taxa tende a ser maior.

Em contrapartida, quando há baixa demanda, a taxa diminui, refletindo as condições do mercado e sua liquidez.

Qual a finalidade do aluguel?

O aluguel de ações atende a diferentes estratégias no mercado financeiro. Para o doador, é uma forma eficaz de aumentar a rentabilidade de sua carteira. Além disso, o investidor não perde os direitos sobre dividendos e outros benefícios enquanto as ações estão alugadas.

Já o tomador, por sua vez, geralmente utiliza os papéis alugados para operações como a “venda a descoberto“. Essa estratégia consiste em apostar na queda dos preços das ações, com o objetivo de recomprá-las por um valor mais baixo no futuro, lucrando com a diferença entre o preço de venda e recompra.

Esse mecanismo também se mostra relevante em períodos de baixa no mercado. Nesses momentos, a demanda por ações alugadas cresce, resultando em taxas mais atrativas para os doadores.

Há riscos de alugar ações?

Apesar de ser considerado de baixo risco para o doador, algumas garantias são exigidas para assegurar a devolução das ações. Caso o tomador não devolva os papéis no prazo estipulado, a Bolsa pode executar as garantias depositadas para ressarcir o doador, o que minimiza prejuízos para este último.

Para o tomador, no entanto, o risco é maior. Ele pode sofrer perdas caso as ações aumentem de preço em vez de desvalorizarem, o que comprometeria a estratégia de “venda a descoberto”. Além disso, ele pode perder as garantias depositadas caso não cumpra suas obrigações contratuais.

Por isso, o aluguel de ações é uma prática mais indicada para investidores experientes, que possuem conhecimento técnico para lidar com as oscilações e os riscos do mercado de capitais.

Essa é uma estratégia que pode trazer benefícios tanto para quem busca uma renda extra quanto para quem deseja diversificar operações; mas, antes de optar por essa prática, é fundamental avaliar os riscos e consultar uma corretora para obter informações personalizadas e adequadas ao seu perfil de investimento.

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