Ibovespa se recupera junto com globais e fecha em alta; dólar cai

Foto: Canva / Ibovespa

O Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, fechou a sessão desta terça-feira (06) com alta de alta de 0,80%, aos 126.266,70 pontos. O dólar comercial caiu 1,48%, a R$ 5,65.

Após o pânico geral que tomou conta do mercado financeiro na véspera, as Bolsas globais ensaiam uma recuperação. O temor de recessão nos EUA recuou brevemente com os dados de serviços do país. No Brasil, a Ata do Copom também serviu de base para as negociações no Ibovespa.

O Gráfico DXY, índice do dólar nos EUA, também valorizou 0,28%, a US$ 102,25.

No caso da recessão, o S&P Global divulgou que o PMI (Índice de Gerentes de Compras) composto teve queda de 54,8 para 54,3 em julho ante junho. Além disso, o indicador de atividade dos EUA do período indicou expansão, seguindo acima de 50,0.

O PMI de serviços caiu levemente de 55,3 em junho para 55,0 em julho, ficando abaixo da mediana das projeções, que era de 56,0.

No quesito “Ata do Copom”, os especialistas enxergaram um tom ainda mais duro que a decisão anunciado na “Super-Quarta”. Isso porque o texto da ata diz explicitamente que os membros do comitê estão prontos para elevar a Selic caso julguem necessário.

Ainda assim o Ibovespa acompanhou as Bolsas globais e manteve a alta, com os bancos impulsionando, visto que o Bradesco tem uma perspectiva positiva desde a véspera, devido aos resultados trimestrais.

“O banco registrou um lucro líquido recorrente de R$ 4,7 bilhões no segundo trimestre, o que representou uma alta de 12% na comparação trimestral. Na esteira de altas, Itaú também sobe com investidores na expectativa do balanço que será divulgado hoje”, disse Fabio Louzada, economista e fundador da Eu me banco.

“Juros futuros sobem, seguindo o movimento dos treasuries e também após ata do Copom destacar que não hesitará em subir os juros, se necessário”, indicou.

Com isso, papéis mais sensíveis aos juros, como as empresas varejistas, do setor de consumo e de construção, embalaram as quedas do Ibovespa.

A Natura (NCTO3) liderou os ganhos do Ibovespa, avançando 3,53%. Logo atrás, Bradesco ON (BBDC3) e Bradesco PN (BBDC4) registraram altas de 3,42% e 3,31%, respectivamente.

Já na ponta negativa, Vamos (VAMO3) liderou as perdas, caindo 10,03%. Em seguida, vieram GPA (PCAR3)  e Petz (PETZ3), com perdas de 7,17% e 5,09%.

Altas e Baixas do Ibovespa: Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4) divergiram

No setor petrolífero, as ações da Petrobras (PETR3;PETR4) avançaram 2,09% e 1,74%, respectivamente. Prio (PRIO3) desvalorizou 3,18%.

Entre as mineradoras e siderúrgicas, a Vale (VALE3) subiu 0,51%. Gerdau (GGBR4) registrou baixa de 0,12%. Usiminas (USIM5) desvalorizou 0,69%.

No setor bancário, Itaú (ITUB4) e Banco do Brasil (BBAS3) operaram com altas de 2,22% e 1,72%, respectivamente. Bradesco (BBDC4) e Santander (SANB11) seguiram com valorização 3,31% e valorização 0,32%, em sequência.

Entre as varejistas, Magazine Luiza (MGLU3) caiu 2,08%. As ações das Lojas Americanas (AMER3) recuaram 1,64%. Casas Bahia (BHIA3) desvalorizou 8,02%.

Índices do exterior fecharam sem direção única

Os principais índices europeus tiveram desempenhos mistos nesta terça-feira (06). O índice DAX, de Frankfurt, valorizou 0,15%, enquanto o CAC 40, de Paris, recuou 0,27%. Já o índice pan-europeu Stoxx 600 subiu 0,21%. 

Em Wall Street, os índices S&P 500 e Nasdaq avançaram 1,03% e 1,03%, respectivamente. Já o Dow Jones avançou 0,76%.

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