Autoridades japonesas fazem operação na Amazon por suspeita de práticas antitruste

A Amazon no Japão está sob investigação após autoridades do país realizarem uma inspeção in loco nas instalações da empresa por suspeitas de violações das leis antimonopólio. A operação foi conduzida pela Comissão de Comércio Justo do Japão (JFTC, na sigla em inglês).

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A investigação concentra-se no sistema “Buy Box” da empresa, um recurso que destaca produtos de determinados vendedores como opção preferencial nas páginas de produtos. Este sistema é considerado crucial para as vendas, já que os compradores precisam navegar por diferentes páginas para ver produtos de outros vendedores.

De acordo com fontes citadas pela Reuters, a empresa está sendo acusada de pressionar fornecedores a oferecerem preços mais baixos em comparação com outras plataformas de e-commerce para terem seus produtos em destaque no sistema Buy Box.

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Amazon do Japão estaria com práticas questionadas

Além disso, vendedores teriam sido solicitados a utilizar os serviços internos de logística e pagamento da Amazon como condição para participar das promoções do Buy Box, segundo informações do Japan Times.

Por meio de sua porta-voz, Tomoko Inoue, a Amazon Japan afirmou que está cooperando integralmente com as autoridades durante a investigação.

Histórico de problemas regulatórios

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Esta não é a primeira vez que a Amazon enfrenta problemas com reguladores japoneses. Em março de 2018, a empresa já havia sido alvo de outra operação por suspeitas de forçar fornecedores a arcarem com parte dos custos de produtos vendidos com desconto na plataforma.

A investigação no Japão soma-se a uma série de questionamentos antitruste enfrentados pela Amazon globalmente. Na União Europeia e no Reino Unido, a empresa já teve que fazer compromissos com reguladores sobre o funcionamento do Buy Box.

Nos Estados Unidos, a Amazon enfrenta um processo da Comissão Federal de Comércio (FTC) e de 17 estados por supostamente sufocar ilegalmente a competição. Em documentos judiciais, a FTC alega que o sistema da empresa aumentou os preços para consumidores americanos em mais de US$ 1 bilhão.

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Fonte: Reuters