FGV: Brasil terá superávit comercial de até US$ 78 bi em 2024

Foto: Canva / Exportações

Conforme relatório do Icomex (Indicador de Comércio Exterior), divulgado nesta sexta-feira (22), pelo FGV/Ibre (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas), a balança comercial brasileira deve fechar o ano de 2024 com um superávit entre US$ 75 bilhões e US$ 78 bilhões.

Por conta da eleição de Donald Trump nos EUA, “o cenário do comércio mundial para 2025 vai se iniciar com muitas interrogações e incertezas”, consta no relatório.

“A eleição de Trump traz um cenário de incertezas e tensões no comércio mundial”, afirmou o documento da FGV.

Depois da China, os EUA são o principal destino das exportações brasileiras. No acumulado de janeiro a outubro deste ano, a participação da China nas exportações brasileiras foi de 29,3%, e a dos EUA, 11,6%. 

Além disso, durante o primeiro mandato de Trump, ele impôs restrições a diversos produtos siderúrgicos e de alumínio, incluindo aqueles produzidos no Brasil, lembrou a FGV, segundo a “CNN Brasil”.

“No campo do comércio, medidas unilaterais de proteção poderão ensejar um acirramento do protecionismo no mundo, o que reduzirá o crescimento do comércio mundial. Ainda há dúvidas se Trump irá impor esse aumento generalizado para todos os parceiros, fora a China, ou usará essa ameaça como arma para extrair vantagens como acesso a mercados ou alianças contra China”, apontou a FGV.

O volume exportado pelo Brasil para os EUA cresceu 11,5%, no acumulado de janeiro a outubro de 2024, ante o mesmo período de 2023. Já as exportações para a China aumentaram 3,9%, e para a Argentina recuaram 24,1%.

Enquanto isso, o volume exportado pelo Brasil para a China teve queda de 10,2% em outubro de 2024 ante outubro de 2023, mas cresceu em 7,7% para os EUA, e aumentou 28,6% para a Argentina, devido às vendas de automóveis.

Monitor do PIB: mostra alta de 1% na economia no 3TRI24, diz FGV

A economia brasileira cresceu 1% no terceiro trimestre na comparação com o período anterior, conforme a leitura do Monitor do PIB, da FGV (Fundação Getulio Vargas). 

Na base de comparação anual, a atividade avançou 4,2% no terceiro trimestre. Já no intervalo de agosto para setembro, a economia avançou 0,7%, no indicador, com expansão de 4,1% ante setembro de 2023.

Sendo assim, a economia nacional já acumula alta de 3% em 12 meses até setembro, segundo os números de expansão mapeados pela FGV no Monitor.

Para Juliana Trece, economista da FGV, os resultados mostram continuidade do bom desempenho da atividade econômica, até setembro, que já vinha sendo observado ao longo do ano, de acordo com o “Valor”.

“Pela ótica da produção, o grande destaque é o forte crescimento da indústria, que ocorreu de forma disseminada. Além disso, o setor de serviços também cresceu, a despeito de ter desacelerado, enquanto a agropecuária retraiu no trimestre. Pela ótica da demanda, o consumo e os investimentos seguem em trajetória de crescimento pelo terceiro e quarto trimestre consecutivos, respectivamente”, comentou a economista em comunicado da fundação.

Além disso, os principais componentes do Monitor do PIB, pela pela ótica da demanda e da oferta, tiveram aumentos no terceiro trimestre quando comparado com o mesmo intervalo de 2023. 

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