Leilão de petróleo da União ocorre nesta quarta e atrai dez empresas

Nesta quarta-feira (31), dez empresas irão participar de um leilão na Bolsa de Valores de São Paulo, a B3 (B3SA3), para a venda de 37,5 milhões de barris de petróleo pertencentes à União. As empresas qualificadas são Petrobras, Refinaria de Mataripe, CNOOC Petroleum Brasil, ExxonMobil Exploração Brasil, Equinor Brasil Energia, Galp Energia Brasil, PetroChina International Brazil Trading, PRIO Comercializadora, Shell Trading Brasil e TotalEnergies EP Brasil.

Ontem, a Pré-Sal Petróleo, empresa pública ligada ao Ministério de Minas e Energia, definiu o preço mínimo para cada lote da primeira etapa do 4º leilão de petróleo da União.

Os 37,5 milhões de barris estão divididos em três lotes do campo de Mero e um do campo de Búzios. Mero é o terceiro maior campo de petróleo do Brasil em volume e, assim como Búzios, está localizado no pré-sal da Bacia de Santos.

A venda desses barris pode gerar uma arrecadação de até R$ 15 bilhões, que serão destinados ao Tesouro Nacional e possivelmente ao Fundo Social. O preço mínimo para os lotes de Mero é o valor do petróleo Brent menos US$ 4,40 por barril, enquanto para o lote de Búzios é Brent menos US$ 4,25.

Leilão de petróleo da União

Ontem, o preço do barril Brent estava em torno de US$ 80 no mercado internacional. Se, no dia do leilão, os preços ofertados estiverem próximos ao mínimo, a próxima fase será de lances orais, onde as empresas podem oferecer valores abaixo do mínimo para vencer.

Um barril de petróleo contém 159 litros e, após o refino, 40% vira óleo diesel, 18% gasolina, e o restante se transforma em lubrificantes, querosene de avião e asfalto. O petróleo tipo Brent, conhecido por sua qualidade, recebe este nome devido a um campo de petróleo operado pela Shell nas Ilhas Shetland, na Escócia, até 1995.

Regimes de Exploração

O Brasil adota três regimes para exploração e produção de petróleo e gás natural: concessão, cessão onerosa e partilha de produção. No regime de concessão, todo o petróleo e gás produzido pertence ao vencedor da concessão, com a fiscalização e regulação do Estado. O regime de cessão onerosa, definido pela Lei nº 12.276/2010, permite à Petrobras extrair até cinco bilhões de barris de petróleo em áreas do pré-sal. No regime de partilha de produção, o Estado não investe nem assume riscos, recebendo uma parte do excedente de produção que é vendido em leilões.

O regime de partilha foi implementado em 2013, aplicando-se ao polígono do pré-sal e áreas estratégicas, que têm baixo risco exploratório e alto potencial de produção.

Polígono do Pré-Sal

O polígono do pré-sal fica a 300 quilômetros da costa da Bacia de Santos, cobrindo uma área de 149 mil quilômetros quadrados. Esta região é rica em óleo leve, com reservatórios a até 7 mil metros de profundidade, alta pressão nos poços e potencial para descobertas de grande porte.

(Com Agência Brasil).

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