G20 abre com plano contra fome e consenso ameaçado

G20/ Foto: Divulgação

O maior encontro de chefes de Estado desde a Rio+20, em 2012, acontece nesta segunda-feira (18), no Rio de Janeiro. O encontro do G20 ocorre em um momento marcado por desafios globais como eventos climáticos extremos, guerras e pobreza, além de novos desdobramentos políticos.

O Brasil, anfitrião da cúpula, coloca a agenda ambiental no centro das discussões, em um mundo que continua lidando com problemas graves para a sobrevivência humana. No entanto, a recente vitória de Donald Trump na eleição presidencial dos EUA trouxe obstáculos inesperados à construção de consensos.

Consenso ameaçado

A proximidade entre Trump e o presidente da Argentina, Javier Milei, acelerou revisões de temas que estavam bem encaminhados, como a taxação de grandes fortunas e o posicionamento em relação às guerras na Ucrânia e no Oriente Médio.

Apesar das dificuldades, há esforços para manter avanços. O G20 deve destacar em sua declaração final a importância de uma “discussão colaborativa” sobre a taxação de super-ricos, com o cuidado de respeitar a soberania fiscal de cada país. Segundo o Valor Econômico, o texto já foi aprovado pela maioria dos membros, mas está sujeito a alterações caso algum país solicite reabertura das negociações.

O documento também deve incluir trechos que incentivam a troca de experiências entre os países sobre os diferentes formatos de tributação das grandes fortunas, buscando promover justiça econômica global.

A reunião ainda reflete tensões causadas por conflitos geopolíticos e as dificuldades de integração econômica em meio à crescente polarização política global.

G20 movimenta quase R$ 600 mi na economia do Rio de Janeiro

O Rio de Janeiro foi o local escolhido para sediar a cúpula do G20, gerando uma movimentação econômica de aproximadamente R$ 600 milhões. Esse impacto reflete a realização de mais de 130 eventos desde dezembro de 2023, atraindo cerca de 120 mil visitantes ao longo do período. A prefeitura do Rio divulgou os dados no estudo “G20 em Dados” nesta quarta-feira (13), destacando a importância do evento para a economia local.

Esses eventos incluíram 42 compromissos oficiais do G20 e 104 atividades paralelas, totalizando cerca de 900 horas de programação. Durante esse período, o Rio recebeu aproximadamente 270 ministros e vice-ministros estrangeiros, além de seis laureados com o Prêmio Nobel, incluindo May-Britt Mosser (Medicina, 2014), Serge Haroche (Física, 2012), Richard Roberts (Medicina e Fisiologia, 1993), Nadia Murad (Paz, 2018), David MacMillan (Química, 2021) e Kip Thorne (Física, 2017).

A movimentação econômica de R$ 595,3 milhões considera uma série de despesas, incluindo R$ 226,3 milhões destinados a infraestrutura, aluguel de espaços e contratação de serviços. Parte dos investimentos também se concentrou na reforma do Museu de Arte Moderna (MAM), que recebeu aporte de R$ 32 milhões e será o palco principal da cúpula.

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