Vivo (VIVT3) está pronta para fazer novas aquisições

Vivo (VIVT3)
Vivo (VIVT3) / Divulgação

Não foram apenas as receitas e o lucro da Telefônica Brasil/Vivo (VIVT3) que se destacaram no segundo trimestre de 2024 (2T24).

O balanço divulgado na noite de ontem (29) também revelou uma redução significativa no nível de endividamento da empresa.

A relação entre dívida líquida e Ebitda caiu 3,7% em relação aos primeiros três meses do ano, atingindo 0,5 vez. Com esse nível de alavancagem, a companhia está em uma “posição favorável para uma possível consolidação”, conforme indicaram os analistas do Itaú BBA.

“Nosso nível de endividamento baixo e caixa positivo nos dá flexibilidade para realizar operações”, admitiu Christian Gebara, CEO da Vivo, em coletiva de imprensa sobre os resultados trimestrais.

Segundo ele, embora não tenha revelado detalhes específicos, a empresa está considerando várias opções. Em maio passado, a companhia reconheceu estar em conversas sobre uma possível operação com a Desktop (DESK3), uma provedora de serviços de internet do interior de São Paulo.

Recentemente, a Vivo anunciou a aquisição da Ipnet, uma importante parceira do Google no Brasil localizada no Rio de Janeiro. O valor da transação pode atingir R$ 230 milhões, condicionado ao cumprimento de metas operacionais e financeiras estabelecidas para os próximos quatro anos.

“No pós-pandemia, as empresas decidiram migrar para a nuvem de forma mais acelerada, trabalhando com mobilidade, e não mais dentro de servidores. Cloud é um foco e tem maior relevância [dentro da estratégia], por conta desse movimento”, afirma Gebara.

O CEO esclarece que, atualmente, a atuação da Vivo em soluções de nuvem está mais focada em outros provedores.

No entanto, a empresa deseja expandir sua presença no mercado do Google, que, segundo ele, tem mostrado crescimento tanto em soluções de cloud quanto em workspace para empresas de diferentes tamanhos. No segundo trimestre de 2024, a receita da Vivo com serviços de nuvem alcançou R$ 1,655 bilhão.

Apesar de seu interesse em aquisições, a Vivo reafirma seu compromisso de distribuir aos acionistas um valor igual ou superior a 100% do lucro líquido obtido no exercício social deste e dos próximos dois anos. Em 2024, a remuneração paga aos acionistas já totalizou R$ 4,137 bilhões.

Em termos de investimentos, a companhia deve continuar expandindo em fibra óptica, porém prefere crescer em receitas que não necessitam de capex, reafirmou Gebara. 

Vivo (VIVT3) lança serviços de crédito e amplia atuação como fintech

Vivo (VIVT3) comunicou ao mercado, nesta terça-feira (16), o lançamento de dois novos serviços financeiros: a Parcela Pix e a antecipação do saque aniversário do FGTS, expandindo sua oferta de crédito no mercado brasileiro.

Inicialmente, essa iniciativa integra a estratégia da Vivo de se posicionar não apenas como uma provedora de conectividade, mas também como uma empresa de tecnologia que oferece serviços financeiros, segundo Leandro Coelho, diretor da empresa.

Desde 2020, a operadora expandiu sua oferta para empréstimos pessoais que variam de R$ 500 a R$ 50 mil, alcançando um total de R$ 420 milhões no primeiro trimestre deste ano, quase o dobro do volume registrado no ano anterior.

Principalmente, as receitas da companhia provenientes de serviços financeiros aumentaram 29,4% entre março de 2023 e março de 2024, alcançando R$ 425 milhões. Esse montante inclui receitas de seguros e consórcios de smartphones.

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