Usiminas (USIM5): BofA rebaixa ação após dados fracos no 2T24

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Usiminas / Foto: Divulgação

Após uma significativa queda na lucratividade no segundo trimestre de 2024 (2T24), que resultou em uma desvalorização de 23% das ações na última sexta-feira (26), o Bank of America (BofA) revisou a recomendação para as ações da Usiminas (USIM5), passando de neutra para venda.

Além disso, o banco reduziu o preço-alvo das ações de R$ 9 para R$ 6.

As ações da Usiminas caiam 5,21%, cotadas a R$ 6,00, por volta de 14h10 (horário de Brasília) desta segunda-feira (29).

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado da Usiminas alcançou R$ 295 milhões, uma redução de 29% em relação ao trimestre anterior e 34% abaixo das estimativas do banco.

Como resultado, o BofA revisou para baixo suas previsões de Ebitda para 2024 e 2025 em 18% e 17%, respectivamente. As novas estimativas do banco agora estão 21% e 17% abaixo do consenso de mercado.

Os analistas destacam que a preocupação não se limita apenas à marcação a mercado dos resultados do segundo trimestre. Inicialmente, eles previam uma redução de 6% no custo do produto vendido (CPV) por tonelada na divisão de aço no terceiro trimestre de 2024, considerando os ganhos de eficiência da reforma do alto-forno 3 e a queda de 9,5% nos preços no segundo trimestre. 

No entanto, agora estão menos convencidos de que essa redução ocorrerá, já que a Usiminas indicou em seu relatório de resultados e na teleconferência que a depreciação do real poderia neutralizar os efeitos positivos das placas e da reforma do alto-forno, impactando negativamente o CPV.

Projeção para Usiminas

Como consequência, o banco agora projeta um CPV por tonelada estável no terceiro trimestre. Apesar do aumento nos preços do aço, esse incremento ainda não é suficiente para compensar a redução nos lucros causada pelos custos elevados.

O banco projeta que a Usiminas será negociada a 6,4 vezes o Valor da Firma (EV)/Ebitda para 2024, com um rendimento de fluxo de caixa livre (FCF) de 7,1%. Para 2025, a estimativa é de 4,1 vezes EV/Ebitda e um rendimento FCF de 6,1%. Embora esses números mostrem uma melhora, ainda há incertezas significativas quanto à execução das estratégias da empresa.

O Citi, por sua vez, reduziu o preço-alvo das ações da Usiminas de R$ 8,75 para R$ 7, mantendo a recomendação “neutra” para os papéis. No entanto, os analistas expressaram otimismo quanto a uma melhora nos resultados do segundo semestre, baseando-se na expectativa de preços mais elevados do aço.

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