Fazenda propõe nova regulação para big techs

O Ministério da Fazenda deu um passo significativo nesta quinta-feira (10) ao apresentar uma proposta abrangente de regulação para as big techs, buscando estabelecer um novo marco regulatório para as gigantes da tecnologia no Brasil.

A iniciativa visa principalmente prevenir práticas anticompetitivas no mercado digital, com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) assumindo um papel central como órgão regulador.

Marcos Pinto, secretário de Reformas Econômicas do Ministério da Fazenda, detalhou em coletiva de imprensa que a proposta se divide em dois grupos principais de medidas.

São dois grupos de medidas, o primeiro se trata de regras preventivas apenas para as grandes plataformas. E a segunda seriam ajustes em geral na aplicação da Lei de Defesa da Concorrência”, explicou o Marcos Pinto.

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Regulação das big techs passa por experiências internacionais

O estudo apresentado pela equipe econômica baseia-se em experiências internacionais, analisando regulamentações já implementadas em dez países, incluindo potências como Estados Unidos, Alemanha, Inglaterra e membros da União Europeia.

De acordo com o secretário, a proposta representa um “fortalecimento institucional” do Cade, ampliando suas competências para realizar estudos de mercado mais abrangentes, similar ao modelo adotado no Reino Unido.

É fortalecer as competências do Cade para fazer o que temos visto, sobretudo na prática do Reino Unido, que são os estudos de mercado. O que a gente está propondo não difere tanto do que o Cade já faz hoje, mas seria fortalecer algumas prerrogativas para coleta de informação“, afirmou. 

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O relatório elaborado pela Fazenda está estruturado em quatro capítulos principais, abordando desde aspectos econômicos e concorrenciais até propostas regulatórias específicas para o setor digital.

Uma das principais recomendações é a revisão da Lei de Concorrência, visando implementar um sistema mais robusto de proteção no âmbito dos mercados digitais.

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Tema amplamente debatido atualmente

Embora já existam projetos sobre o tema em tramitação no Congresso, o governo avalia a possibilidade de enviar uma proposta própria, focada especificamente na reforma da Lei da Concorrência.

O secretário Marcos Pinto demonstrou otimismo quanto ao avanço das discussões, afirmando que o debate está maduro dentro do governo e que existe expectativa de encaminhamento da proposta até o final do ano.

A iniciativa representa um marco importante na busca por um ambiente digital mais equilibrado e competitivo no Brasil, alinhando o país com as principais tendências regulatórias globais.

O Ministério da Fazenda ressalta que as medidas propostas não visam engessar o mercado, mas sim garantir uma concorrência justa e benéfica para consumidores e empresas de todos os portes.

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