Livro de Sabrina Munck relata vivência da professora no período da pandemia

A pandemia de Covid-19 deixou rastros. Um dos mais significantes talvez tenha sido dentro das escolas, em que foi necessário repensar modos de educar e estar presente e a relação entre alunos e professores. Mas tudo isso de forma lenta, até que um lugar (pelo menos um pouco agradável) fosse encontrado. Decidida a entender e compartilhar o que viveu naquele momento, a professora Sabrina Munck do Nascimento lançou o livro “Professora, por que você demorou tanto?”, que narra suas próprias vivências neste período dentro de uma escola em Juiz de Fora. A obra pode ser adquirida na Autoria Casa de Cultura.

O livro é resultado de sua pesquisa para o mestrado, e apresenta o dia a dia como um diário do que viu e viveu em uma escola na rede municipal da cidade. Em “Professora, por que você demorou tanto?”, Sabrina fala sobre os personagens e a relação que, mesmo distante, era a mais próxima, sendo as pessoas ligadas pelas necessidades e pelos afetos. “A pesquisa é uma escritura do vivido, desse ato consciente e prudente. Responsável. Cumpridor e muito criterioso dos professores frente à escola pública em meio à situação de calamidade sanitária. Desta escrita etérea, que correlaciona fatos anteriores e experiências atuais e pessoais que vão se entrelaçando, sem seguir ordem cronológica de apresentação às atividades remotas, ganha forma de texto o diálogo”, afirma a autora, em nota encaminhada à imprensa.

E segue a nota: “Proponho percorrer cascalhos na tentativa de garimpar a poética da resistência e da resiliência escolar. Esboço de vida e escrita misturam-se nas referências, registros e memórias inventadas e inventariadas nesse transcurso. Convido o leitor a habitar pelas pequenas histórias e as minúsculas geografias que decorrem a superfície dessa escola que se espacializou pelo virtual. Em suma, é um chamamento para o ‘transver’, e cada capítulo é assim nomeado”. A proposta de Sabrina em “Professora, por que você demorou tanto?” é descortinar, ainda, o que foi feito, e como foi feito, para ampliar os contatos, de forma afetiva, e, ainda, criativa.

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