Após crescer 400% na pandemia, D4Sign foca em assinatura digital com big data

Criada em 2015, a D4Sign nasceu focada em facilitar o processo de assinatura de contratos para empresas, fazendo com que esses documentos assinados digitalmente fiquem na nuvem e, de quebra, diminuísse o acúmulo de papel dentro da empresa.

Fundada por Rafael Figueiredo e seu irmão Bruno Kawakami, a empresa ela conta também com Nahin Silva como sócio e CFO, e nasceu por conta de uma demanda de um amigo de Rafael, que precisava resolver o consumo de papel na empresa em que trabalhava. O empresário explica que o diferencial da companhia, logo no início, foi a preocupação com o valor jurídico dos documentos e, para isso, investiu em pontos de autenticação no documento, para provar que a pessoa do outro lado do computador era mesmo a que precisava assinar o contrato.

As empresas que ainda se mostravam desconfiadas com esse processo, tiveram que pisar no acelerador na digitalização de documentos durante a pandemia em 2020, já que muitas vezes muitos setores estavam atuando de forma remota. Rafael conta que a companhia cresceu mais de 400% em 2020.

“A pandemia mudou completamente o jogo. Foi um momento difícil pro mundo, mas pro nosso negócio foi ótimo, porque caiu por terra as desconfianças das empresas sobre a assinatura digital. Estava todo mundo em casa, mas os documentos precisavam continuar sendo assinados e as empresas começaram a se interessar. Esse mercado se consolidou de fato no pós-pandemia. Hoje um serviço de assinatura digital é uma ferramenta necessária assim como um e-mail”, afirmou Rafael.

Análise de dados é o próximo alvo

Para se diferenciar no mercado, a startup entrou no mercado de inteligência artificial e, mais recentemente, no processamento de dados para a tomada de decisões de empresas. Baseado no tripé assinatura digital, inteligência artificial e análise de big data, a companhia quer crescer 35% em 2024 e atingir um faturamento de R$ 45 milhões.

Com mais de 30 mil clientes e milhares de documentos gerenciados, a ideia é aproveitar os contratos que já estão na plataforma para concentrar mais serviços. Um deles é o Analyzer, é uma ferramenta que pode resumir um documento para que  qualquer pessoa possa lêlo em questão de minutos.

O segundo é um chatbot desenvolvido com IA generativa em que é possível ‘fazer perguntas’ para o documento sobre um ponto específico do contrato. A princpal vantagem dos dois produtos é a economia de tempo dos departamentos dentro das empresas.

“O chatbot faz resumos de documentos e extrai as informações que você quiser. Por exemplo, você combinou uma multa de 10% do valor e no contrato está 30%, você já consegue ver que há alguma coisa de errado e manda voltar”, explicou, afirmando que a tecnologia não substitui um departamento jurídico de uma empresa. Outro produto que a companhia oferece é

O próximo passo da companhia é lançar a sua ferramenta de análise de dados. A ideia é conseguir fazer com que os documentos dentro do sistema da D4Sign facilitem algumas tomadas de decisão das empresas.

“A nossa estratégia vai ser falar com nossos clientes que já estão na nossa base e explicar pra eles a quantidade de contratos que já está aqui e o número de dados que eles fornecem. As empresas perdem oportunidades por conta disso”, afirmou.

Para bater de frente com gigantes que já atuam com Businness Inteligence, como a Microsoft, Rafael acredita que o preço será o diferencial para atrair principalmente pequenas e médias empresas para a solução da empresa. O plano com IA e Big Data custará R$ 59,90 por mês.

IA para micro e pequenas empresas

As chamadas IAs degenerativas estão cada vez mais presentes no vocabulário de investidores e nas grandes empresas. Mas o cenário dessas ferramentas nas micro e pequenas empresas ainda carece de informações.

O Sebrae não tem dados sobre IAs e processamento de dados em empresas de pequeno porte, mas alguns sinais dão conta de que esse investimento já está acontecendo em alguns setores e podem ser positivos.

“Processos de Big Data e IA ainda não são completamente acessíveis para as MPEs dada a complexidade desses temas e necessidade de mão de obra especializada. Por enquanto, a utilização de ferramentas gratuitas para análise de dados e ferramentas de IA Generativa de baixo custo são os principais aliados das MPEs para que se mantenham competitivas no cenário atual”, explicou Elzo Santos, Analista do Sebrae, coordenador do grupo de trabalho de IA.

Os setores que já foram mapeados pelo Sebrae e que mais estão tendo ganhos com as ferramentas de IA Generativas são: agências de marketing e produção de brindes, estamparias, artesanato/artes gráficas, dublagem, tradução, produção e edição de vídeos.

O cenário geral para as empresas brasileiras mostra um cenário mais promissor. De acordo com levantamento da Gartners, que ouviu 1400 executivos de companhias nacionais, 45% relatam que estão em fases de teste da Inteligência Artificial Generativa, e outros 10% já implementaram a tecnologia em seus processos de produção.

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